A boa fé do Jacob
você sabe, quando alguém apresenta Kierkegaard com sua plenitude, essa pessoa tem bom coração, é um filosofo real.
“Excluir Deus, nesse sentido, dos escritos de Kierkegaard é destruir sua mensagem. Foi precisamente isso, entretanto, que muitos filósofos existencialistas fizeram.
Liberdade e interioridade, para Kierkegaard, existem apenas quanto o homem encara, ao mesmo tempo, a Deus e a seu eu limitado, disposto a dar atenção a ambos. Suas penetrantes descrições desta liberdade não podem, simplesmente, ser tomadas como uma fenomenologia geral da liberdade no sentido de caracterizar as escolhas e lutas da vida comum. Esta liberdade existe apenas quando os dois mundos são confrontados. Dividir o mundo cotidiano, o mundo que normalmente conhecemos e no qual sofremos, em duas metades que apenas se assemelhem aos mundos díspares é imitar Kierkegaard e corromper seus ensinamentos. É um exemplo de mistura de níveis de realidade e confusão entre fato e valor. O mundo interno não é o mundo externo. As escolhas e preocupações éticas, estéticas, sociais e intelectuais convencionais não são, de forma alguma, consideradas manifestações desses dois movimentos totalmente díspares de realidade. Não se pode derivar a autêntica moral a moral alicerçada nas exigências de Deus, daquilo que o intelecto pode conhecer e comprovar ou daquilo que os sentimentos de simpatia ou aversão, os impulsos ou interesse social das massas provocam em nossa vida. A vida humana não pode ser pautada pelo feuilleton.”
feuilleton.
verdade.